Atualmente, cada vez mais, novas terapias estéticas vêm sendo desenvolvidas e aplicadas visando corrigir questões estéticas que podem incomodar algumas pessoas.  Entre estas se destaca a radiofrequência, um tratamento minimamente invasivo utilizado para corrigir flacidez, celulite e gorduras localizadas.

A radiofrequência pode ser aplicada em qualquer de pele, apresentando baixos riscos de complicações durante o procedimento, sendo praticamente indolor e com fácil recuperação, sem necessidade de repouso após o procedimento.

A radiofrequência age na redução da produção dos radicais livres, vasodilatação, aumento da circulação arterial, da drenagem venosa, da reabsorção de compostos essenciais para o organismo e na oxigenação, diminuindo edemas nas áreas onde é aplicada, através do processo inflamatório causado pela elevação da temperatura devido ao uso da corrente elétrica de alta frequência controlada, sendo a base dessa tecnologia.

O efeito térmico da radiofrequência proporciona força e remodelação para as fibras de colágeno, estimulando também a produção de novas fibras e melhorando a textura da pele.

Radiofrequência no tratamento da flacidez  

A flacidez é um processo decorrente de uma disfunção da pele característico ao processo natural ou de envelhecimento. Ela ocorre devido a uma diminuição no metabolismo celular, das fibras de colágeno e da elastina, responsáveis pela firmeza da pele. 

Nesse sentido, a radiofrequência pode ser utilizada visando reorganizar o metabolismo celular das fibras de colágeno e elastina presentes na pele, além de influenciar na produção de novas moléculas desses compostos, melhorar a oxidação dos tecidos e melhorar a viscosidade da pele e estimulação nervosa.

Radiofrequência no tratamento de gordura localizada 

O aumento de células de gordura em determinadas regiões do corpo, é popularmente conhecida como gordura localizada, a gordura localizada tende a incomodar muitas pessoas, que não se sentem confortáveis esteticamente com a condição. 

A radiofrequência também pode ser uma opção de tratamento para pessoas que querem eliminar as gorduras localizadas. Isso ocorre através do calor gerado pela radiofrequência que influencia na diminuição da gordura, porque quebra as moléculas de gordura.

Radiofrequência no tratamento de celulite 

A celulite está presente em diversas partes do corpo, como coxas, abdômen e nádegas, sendo caracterizada por um aspecto de “ondas desorganizadas” que ficam presentes nessas regiões do corpo. 

A celulite ocorre devido a um processo de inflamação dos tecidos celulares, seja por fatores genéticos ou hormonais. Em geral, aparecem com mais frequência, quando ocorre um aumento do peso, que influencia diretamente na circulação do corpo e na formação dessas estruturas. 

O uso radiofrequência no tratamento da celulite também é eficaz e ocorre devido ao fortalecimento dos tecidos, proporcionado pelo efeito térmico gerado pela radiofrequência. 

A radiofrequência gera calor uniformemente na pele. Esse calor esquenta as camadas íntimas da pele, conseguindo diminuir medidas e o aspecto da celulite.

Outras aplicações da radiofrequência

  • Diminuir as rugas;
  • Melhorar a aparência da pele;
  • Melhorar a microcirculação;
  • Melhorar a hidratação da pele;
  • Aumentar a oxigenação;
  • Acelerar a eliminação de toxinas;
  • Combater estrias e fibroses;
  • Melhorar a aparência das cicatrizes;

Como é realizado o procedimento?

No início de cada sessão a pele no local de aplicação é higienizada com sabonete ou óleo de limpeza. Posteriormente é aplicada uma camada de vaselina ou gel condutor na região a ser tratada.

Assim, são realizados disparos de alta frequência com aproximadamente 160 a 200 kW de potência, na região tratada. 

Este procedimento é realizado por um aparelho gerador de calor localizado que desliza sobre a região aquecendo a área a ser tratada

Ao realizar o procedimento a temperatura do paciente é constantemente medida a fim de certificar-se que ela atinja os 40 ou 42 °C, mas que não exceda isto. Após o procedimento a pele do paciente é limpa e então este é liberado para retornar às suas atividades.

A quantidade de sessões necessárias para atingir o objetivo do paciente pode variar segundo a região a ser tratada. Entretanto, são geralmente recomendadas em média de 3 a 10 sessões. As sessões podem ser realizadas a cada 15 dias ou mensalmente e tem duração de cerca de 20 minutos cada.

Além disso, é comum apresentar vermelhidão e edemas nas regiões onde o procedimento é realizado, porém, são sintomas passageiros e o paciente pode voltar a sua rotina normalmente após o procedimento.

Possíveis riscos da radiofrequência

Os riscos da radiofrequência estão relacionados à possibilidade de queimadura na pele, pelo mau uso do equipamento. 

Como a radiofrequência eleva a temperatura local, o dermatologista deverá avaliar constantemente se a temperatura do local em tratamento não ultrapassa os 41 °C e manter o equipamento sempre em movimentos circulares, evitando o sobreaquecimento de uma determinada região e assim, diminuindo o risco de queimadura.

Outro risco do tratamento é a quebra de expectativa do paciente frente ao procedimento e resultado alcançado. 

Assim, é fundamental que antes de optar pelo tratamento, o paciente converse com o dermatologista e alinhe expectativas reais sobre o resultado do procedimento, que pode variar de acordo com cada caso e com o número de sessões realizadas.