Entender como o estresse se relaciona com a Disfunção Temporomandibular (DTM) pode ser fundamental para melhorar sua qualidade de vida. A DTM, uma condição que afeta um grande número de pessoas em todo o mundo, traz sintomas como dor na mandíbula e dificuldade em mastigar.

O estresse, um dos fatores mais relevantes, pode desencadear ou agravar esses sintomas. Por isso, é crucial explorar maneiras de gerenciar o estresse relacionado à DTM para encontrar alívio.

Neste texto, vamos falar um pouco mais sobre esse tema e explorar, desde seus sintomas até opções de tratamento, para ajudar aqueles que lidam com esse problema a encontrar alívio e cuidado adequado. Continue a leitura e saiba mais!

A conexão entre estresse e DTM

A compreensão da relação entre estresse e DTM revela uma complexidade que se desdobra em diversas manifestações. O estresse crônico, em particular, pode desencadear uma resposta do corpo que se traduz em uma tensão muscular exacerbada, especialmente concentrada na região da mandíbula e do pescoço. 

Essa tensão muscular excessiva pode desencadear um fenômeno de aperto dos músculos da mandíbula, desencadeando assim a dor característica associada à DTM. 

É importante notar que em momentos de tensão emocional, é comum o desenvolvimento de hábitos parafuncionais, como o ranger ou o apertar dos dentes, o que, por sua vez, pode sobrecarregar as articulações temporomandibulares (ATM) e potencialmente agravar os sintomas da DTM. 

Além desses aspectos musculares e comportamentais, o estresse também exerce influência sobre o corpo a nível fisiológico, desencadeando respostas bioquímicas complexas. 

Entre essas respostas, destaca-se a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, que podem amplificar a sensibilidade à dor e à inflamação, contribuindo, assim, para a manifestação dos sintomas associados à DTM.

Sintomas da DTM

 

A Disfunção Temporomandibular (DTM) pode se manifestar através de sintomas como barulhos na articulação, como estalos ou sensação de “grãos de areia” ao abrir ou mastigar.

Outros sinais e sintomas que podem indicar DTM incluem dor e tensão na mandíbula, desconforto dentro e ao redor da orelha, dificuldade para mastigar, dor facial, dores de cabeça, sensação desconfortável na mordida, zumbido nos ouvidos, travamento da mandíbula que dificulta ou impede a abertura e mastigação, bem como dor no pescoço, nuca e parte superior das costas.

DTM é uma doença progressiva

 

A Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma condição que, uma vez começada, costuma piorar ao longo do tempo. É difícil prever com certeza o quão rápido isso acontece e quais são as consequências exatas, por isso é importante começar o tratamento cedo para tentar melhorar as opções e os resultados.

Como é feito o tratamento

Geralmente, o tratamento para a Disfunção Temporomandibular (DTM) envolve uma combinação de abordagens terapêuticas. Isso inclui sessões de fisioterapia para fortalecer e relaxar os músculos do rosto e da cabeça, juntamente com massagens destinadas a aliviar a tensão muscular.

O uso de uma placa de bruxismo é comum, um dispositivo projetado para evitar o desgaste dos dentes durante a noite, o que pode reduzir a dor na mandíbula e as dores de cabeça matinais.

Em alguns casos, o dentista pode prescrever medicamentos anti-inflamatórios e relaxantes musculares para aliviar a dor aguda associada à DTM. Além disso, podem ser sugeridas técnicas de relaxamento para ajudar a controlar a tensão muscular na mandíbula.

Quando as alterações na mandíbula, como nas articulações, músculos ou osso, persistem apesar dos tratamentos anteriores, a cirurgia pode ser considerada como uma opção

Gerenciando o estresse na DTM

 

Felizmente, há uma variedade de métodos eficazes disponíveis para gerenciar o estresse e aliviar os sintomas associados à DTM. Adotar práticas de relaxamento, como a meditação e a ioga, pode desempenhar um papel significativo na redução tanto do estresse quanto da tensão muscular. 

Da mesma forma, a incorporação de exercícios de respiração profunda à rotina diária pode proporcionar uma sensação de tranquilidade mental e relaxamento corporal. 

Além disso, a prática regular de atividade física não apenas contribui para a redução do estresse, mas também estimula a liberação de endorfinas, conhecidas como os “hormônios da felicidade”, promovendo assim uma sensação geral de bem-estar. 

Uma alimentação balanceada e rica em nutrientes desempenha um papel crucial no fortalecimento do corpo e na redução da inflamação, enquanto a participação em terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode fornecer ferramentas e estratégias eficazes para lidar com o estresse de forma mais adaptativa e saudável.

Ao integrar essas estratégias ao cotidiano, é possível atenuar o impacto do estresse na saúde bucal e no bem-estar geral.